terça-feira, 16 de junho de 2015

Descobrindo-se

Eu me sentia uma criança estranha, esta é a memória que tenho da minha infância. Eu gostava de provocar, de ser repreendida e castigada, mas isso não ocorria com muita frequência. Meus pais eram as pessoas mais tranquilas do mundo, e a eles nao me apetecia provocar. Minha vítima preferida era o professor de educação fisica. Um homem alto e muito bonito, que na época deveria ter trinta e poucos anos. Ele era simpático e atencioso com todos, mas nos tratava com certa rigidez, e foi exatamente este ponto que me despertou um estranho interesse. Enquanto as demais garotas faziam de tudo para agradá-lo, eu tinha um certo prazer em contrariá-lo. Gostava de vê-lo nervoso comigo, claro que na época com 10 ou 11 anos, não me lembro ao certo, eu não entendia o motivo de gostar tanto desta mistura de medo e excitação que sentia. Apenas sabia que era bom, e por isso me sentia muito diferente.
A adolescência chegou, e com ela o despertar da sexualidade. E eu continuava me sentindo estranha. Enquanto minhas amigas sonhavam com o príncipe encantado, eu sonhava com o bandido. Via muito mais graça no bad boy que no mocinho romântico. Cenas de novelas e filmes com spanking me fascinavam, hipnotizavam. Mas lamentava serem tão raras. Enfim a Internet abriu um novo mundo , e eu descobri que os meus desejos tinham nomes e eram mais comuns do que eu imaginava! Passava horas pesquisando, lendo contos, e participando de alguns chats. Na época eu tinha um namorado, cara legal e que eu confiava bastante. Resolvi apresentar o universo BDSM pra ele. A princípio ele achou um tanto estranho, mas topou ler mais sobre o assunto e tentar entender melhor os meus desejos. Mas ele realmente não tinha o menor jeito para a "coisa" e com o tempo meu interesse por ele murchou, viramos amigos. O tempo foi passando e o assunto  Dominação me interessava cada vez mais. E de novo me via como a estranha, pois diferente das submissas que conhecia, eu apesar de gostar de ser dominada nao tinha prazer em obedecer e servir, e sim em desobedecer e desafiar, e claro ser castigada por isso. A dor me atraia, mas não era qualquer dor! Era preciso todo um contexto para que a dor fosse excitante para mim. Precisava ser uma punição, um castigo! Com o tempo descobri que o que me atraia era o que chamavam de Disciplina Doméstica, e que eu me encaixava perfeitamente no perfil de Brat , que traduzindo para o português, significa criança birrenta. As principais características de um Brat são exatamente as minhas, prazer em desobedecer e desafiar. E de no final ser dominada e vencida, e por fim ser castigada pelo mau comportamento. 
Eu continuava com minha vida normal, com 22 anos cursando o terceiro ano de faculdade de psicologia. Já havia lido muito sobre BDSM, e estava muito bem resolvida quanto aos meus desejos, mas nunca havia tido uma experiência real. Tinha muito receio, e apesar de fantasiar muito, preferia guardar essa preferência e desejos pra mim. Até então, ler alguns contos e ver vídeos sobre spanking me bastavam. Eu jamais imaginaria que um dia todos os meus desejos bateriam à minha porta desafiando-me a vivê -los!

2 comentários:

  1. Ola! Comoo faço pra recomendar seu blog no meu? Muito interessante! Prazer, Chaveirinho!

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  2. Ola Chaveirinho, que bom que gostou ;)
    Acredito que se você copiar o endereço do meu blog e colocar na opção blogs que eu sigo, irá ficar no seu blog como indicação.

    Bjs!

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